Grécia séc. VII a.C.

Será na Grécia do séc. 7 a.C. que a geometria se estabelece como ciência dedutiva. A geometria grega é a geometria da régua e do compasso. Os gregos herdam toda a experimentação, intuição e empirismo dos egípcios, estipulando neles leis e regras acerca do espaço.
Encaravam a geometria de duas vertentes, uma mais prática e outra mais contemplativa. A contemplativa – a actividade do pensamento era personificada pela figura feminina. A prática, associada às leis e ao racional, era associada à figura masculina.
A geometria dos gregos era fortemente influenciada por considerações filosóficas, estéticas, religiosas, que via a perfeição em tudo o que era circular. Tudo o que não fosse circular seria associado ao corpo humano. A palavra Polígono significaria "muitos joelhos" e Isósceles significaria "Pernas iguais".




Tales de Mileto (624 – 546 a.C.) – O grande impulsionador da geometria. Das suas principais proposições destaca-se a demonstração da altura da pirâmide através da sua sombra.






Pitágoras (570 – 495 a.C.) – Além do seu principal legado – “Teorema de Pitágoras”, trabalha na geometria espacial com os elementos cubo, esfera, tetraedro e octaecaedro.





Platão (427 – 347 a.C) – Profundo admirador de proporção e geometria. Escreve o “Timeu” em 400 a.C. explicando a origem do universo através de 5 figuras cósmicas perfeitas.


Ar – octaedro
Fogo – tetraedro
Universo – dodecaedro
Terra – cubo
Água – icosaedro

Euclides (360 – 295 a.C.) – Criador da famosa geometria euclidiana, demonstra nela postulados como “Todos os ângulos rectos são iguais”; “Juntando igual com igual os totais são iguais”; “O todo é maior do que a parte”, etc. Faz das obras mais importantes na história da geometria “Os Elementos” – dividida em 13 volumes (5 de geometria plana, 3 de geometria no espaço)




Apolónio de Perga (262 – 190 a.C) – Considerado o “Grande Geómetra”. A sua principal obra “As cónicas”, é considerada por muitos o ponto máximo da geometria grega.